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O objetivo deste Blog é divulgar a evangelização sob a ótica espirita, integrando Evangelizandos e Evangelizadores na transmissão do conhecimento espírita e da moral evangélica pregada por Jesus.

domingo, 12 de junho de 2011

Uma lenda sobre o céu e o inferno

Conta a lenda que um homem teve uma conversa com Deus a respeito do céu e do inferno.
- Eu vou lhe mostrar o inferno - disse Deus, conduzindo o homem a uma sala aonde havia uma grande mesa redonda e várias pessoas sentadas à sua volta, todas famintas e desesperadas. No meio da sala havia um caldeirão de ensopado com um aroma delicioso, mais que suficiente para alimentar a todos.
As pessoas em volta do caldeirão estavam segurando talheres com cabos muito longos, na verdade maiores que o braço de qualquer um deles. Elas podiam alcançar o caldeirão com o talher, mas ninguém conseguia levar a comida até a boca. O homem viu que o sofrimento das pessoas era realmente terrível.
- Agora vou lhe mostrar o céu - disse Deus. E eles foram para outra sala, exatamente igual a primeira. Lá havia a mesma mesa redonda e o enorme caldeirão do delicioso ensopado. As pessoas, como na outra sala, tinham também os mesmos talheres longos, maiores que seus braços. Mas aqui elas estavam bem alimentadas, satisfeitas, rindo e conversando. A princípio o homem não compreendeu.
É simples, mas requer certa habilidade - respondeu Deus sorrindo. - Como pode ver, essas pessoas aprenderam a alimentar umas às outras.
Autor desconhecido

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Quando Deus criou as mães

Diz uma lenda que o dia em que o bom Deus criou as mães, um mensageiro se acercou Dele e Lhe perguntou o porquê de tanto zelo com aquela criação.
Em quê, afinal de contas, ela era tão especial?
O bondoso e paciente Pai de todos nós lhe explicou que aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que merecia especial cuidado.
Ela deveria ter um beijo que tivesse o dom de curar qualquer coisa, desde leves machucados até namoro terminado.
Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras que agissem depressa preparando o lanche do filho, enquanto mexesse nas panelas para que o almoço não queimasse.
Que tivesse noções básicas de enfermagem e fosse catedrática em medicina da alma. Que aplicasse curativos nos ferimentos do corpo e colocasse bálsamo nas chagas da alma ferida e magoada.
Mãos que soubessem acarinhar, mas que fossem firmes para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes. Mãos que soubessem transformar um pedaço de tecido, quase insignificante, numa roupa especial para a festinha da escola.
Por ser mãe deveria ser dotada de muitos pares de olhos. Um par para ver através de portas fechadas, para aqueles momentos em que se perguntasse o que é que as crianças estão tramando no quarto fechado.
Outro para ver o que não deveria, mas precisa saber e, naturalmente, olhos normais para fitar com doçura uma criança em apuros e lhe dizer: Eu te compreendo. Não tenhas medo. Eu te amo, mesmo sem dizer nenhuma palavra.
O modelo de mãe deveria ser dotado ainda da capacidade de convencer uma criança de nove anos a tomar banho, uma de cinco a escovar os dentes e dormir, quando está na hora.
Um modelo delicado, com certeza, mas resistente, capaz de resistir ao vendaval da adversidade e proteger os filhos.
De superar a própria enfermidade em benefício dos seus amados e de alimentar uma família com o pão do amor.
Uma mulher com capacidade de pensar e fazer acordos com as mais diversas faixas de idade.
Uma mulher com capacidade de derramar lágrimas de saudade e de dor mas, ainda assim, insistir para que o filho parta em busca do que lhe constitua a felicidade ou signifique seu progresso maior.
Uma mulher com lágrimas especiais para os dias da alegria e os da tristeza, para as horas de desapontamento e de solidão.
Uma mulher de lábios ternos, que soubesse cantar canções de ninar para os bebês e tivesse sempre as palavras certas para o filho arrependido pelas tolices feitas.
Lábios que soubessem falar de Deus, do Universo e do amor. Que cantassem poemas de exaltação à beleza da paisagem e aos encantos da vida.
Uma mulher. Uma mãe.
Ser mãe é missão de graves responsabilidades e de subida honra. É gozar do privilégio de receber nos braços Espíritos do Senhor e conduzi-los ao bem.
Enquanto haja mães na Terra, Deus estará abençoando o homem com a oportunidade de alcançar a meta da perfeição que lhe cabe, porque a mãe é a mão que conduz, o anjo que vela, a mulher que ora, na esperança de que os seus filhos alcancem felicidade e paz.
Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v. 5, ed. FEP

Eu os amei o suficiente

Meus filhos, um dia, quando vocês forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de lhes dizer:
  • Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
  • Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
  • Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram da mercearia e os fazer dizer ao dono: Nós roubamos isto ontem e queríamos pagar.
  • Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês por uma hora, enquanto limpavam o seu quarto; tarefa que eu teria realizado em quinze minutos.
  • Eu os amei o suficiente para os deixar ver, além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
  • Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as consequências eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso.
Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente... Venci... porque no final vocês venceram também!
E, qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, meus filhos vão lhes dizer quando eles lhes perguntarem se a sua mãe era má: Sim... nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo. As outras crianças comiam doces no café da manhã e nós tínhamos de comer pão, queijo, leite.
As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos de comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.
Ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães, que deixavam os filhos comer vendo televisão. Ela insistia em saber onde nós estávamos a toda hora. Era quase uma prisão.
Mamãe tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos quando íamos sair, mesmo que demorássemos só uma hora ou menos.
Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis de trabalho infantil. Nós tínhamos de lavar a louça, fazer as camas, lavar a roupa, aprender a cozinhar, aspirar o pó do chão, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalhos cruéis.
Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.
Ela insistia sempre conosco para lhe dizer a verdade, e apenas a verdade.
E quando éramos adolescentes, ela até conseguia ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que nós saíssemos.
Tinham de subir, bater na porta para ela os conhecer. Enquanto todos podiam sair à noite com doze, treze anos, nós tivemos de esperar pelos dezesseis.
Nossos amigos dirigiam o carro dos pais, mesmo sem ter habilitação, mas nós tivemos que esperar os dezoito anos para aprender, como pede a lei.
Por causa da nossa mãe, nós perdemos muitas experiências da adolescência. Nenhum de nós esteve envolvido em roubos, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.
Foi tudo por causa dela. Agora já saímos de casa. Somos adultos, honestos e educados, e estamos fazendo o possível para ser, também, "pais maus", tal como a nossa mãe.
Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: não há suficientes mães más como a nossa mãe o foi...
Redação do Momento Espírita, com base em mensagem de autoria desconhecida. Disponível no CD Momento Espírita, Coletânea v. 8 e 9, ed. FEP

sábado, 16 de abril de 2011

As Mesas Girantes

A história das irmãs Fox se divulgou rapidamente, e de todas as partes tiveram lugar manifestações do que se chamava então de telegrafia espiritual. Cansou-se logo desse procedimento tão incômodo, e os próprios batedores indicaram um novo modo de comunicação. Era necessário simplesmente se reunir ao redor de uma mesa, colocar as mãos em cima, e em se erguendo, enquanto se recitava o alfabeto, a mesa bateria um golpe a cada uma das letras que o Espírito queria dar. Esse procedimento, se bem que muito lento, produzia excelentes resultados, e se tinha, assim, as mesas girantes. É preciso dizer que a mesa não se limitava a se elevar sobre um pé para responder às questões que se lhe colocavam; ela se agitava em todos os sentidos, girava sob os dedos dos experimentadores, algumas vezes se elevava no ar, sem que se pudesse ver a força que a mantinha assim suspensa. De outras vezes as respostas eram dadas por meio de pequenos golpes, que se ouviam no interior da madeira. Esses fatos estranhos chamaram a atenção geral e logo a moda das mesas girantes invadiu a América inteira.
A mesa ensinou um novo procedimento mais rápido. Sob suas indicações, se adaptou a uma prancheta triangular três pés munidos de rodinhas, e a um deles, se prendeu um lápis, colocou-se o aparelho sobre uma folha de papel, e o médium colocava as mãos sobre o centro dessa pequena mesa. Via-se então o lápis traçar letras, depois frases, e logo essa prancheta escrevia com rapidez e dava mensagens. Mais tarde ainda, se percebeu que a prancheta era de fato inútil, e que seria suficiente ao médium colocar sua mão com um lápis sobre o papel, e o Espírito a fazia agir automaticamente.
Desde então, a batalha entre os incrédulos e os crentes se engajou a fundo. Escreventes, sábios, oradores, homens da igreja, se lançaram na refrega, e para dar uma idéia do desenvolvimento tomado pela polêmica.
Em 1854, se contava então mais de 3.000.000 de adeptos na América e uma dezena de milhares de médiuns. Os adeptos se tornaram igualmente numerosos na França, mas faltava uma explicação verdadeira, teórica e prática, do estranho fenômeno.
É nesse momento que Allan Kardec que se interessava havia trinta anos pelos fenômenos ditos do magnetismo animal, do hipnotismo e do sonambulismo, e que não via nos novos fenômenos senão um ‘conto para dormir em pé’ assistiu a várias sessões espíritas, a fim de estudar de perto o fundamento dessas aparições. Longe de ser um entusiasta dessas manifestações, e absorvido por suas outras ocupações, estava a ponto de os abandonar quando lhe remeteram cinquenta cadernos de comunicações diversas recebidas durante cinco anos e lhe pediram que as sintetizasse: assim nasceu o Livro dos Espíritos.
André Moreil escreveu que, estudando pelo método positivista e codificando o Espiritismo, “Allan Kardec o salvou do perigo de ser uma simples fantasia, um divertimento de salão.”
É bom anotar:
ü  As mesas eram movidas por uma força inteligente.
ü  Essa inteligência se designava a si mesma sob o nome de Espírito.
ü  A moda das “Mesas Dançantes” teve por efeito fazer numerosas pessoas refletirem e desenvolver consideravelmente a nova idéia.
ü  O próprio Allan Kardec era, no início, muito cético face aos fenômenos Espíritas.

Texto sugerido pela aluna Thaís Brum Ribeiro Domingues do Terceiro Ciclo da Infância do CEAP em 2011-03-31.

As irmãs Fox


Foi num pequeno vilarejo do estado de New York que se deram, no século XIX, os mais extraordinários episódios, provocados pelo plano espiritual. Naquela época, era constituída por grupos de casas de madeira, quase todas de tipo humilde. No dia 11 de dezembro de 1847, John Fox, pertencente à igreja Metodista, alugou uma dessas casas, para residir com a família, que se compunha, além da esposa Margareth Fox, de mais três filhas: Kat, de onze anos; Margareth, de quatorze, e Leah, que residia em Rochester, onde lecionava música.
No ano seguinte, isto é, em 1848, começaram os ruídos de arranhaduras, que se foram intensificando, cada vez mais, a ponto de a família Fox não ter mais sossego, dentro de casa.
Esses "raps" começaram a ser notados, com mais frequência, a partir de meados de março daquele ano.
As meninas, diante de tanto barulho, ficavam tão alarmadas que não queriam mais dormir sozinhas. Investigações de toda natureza foram realizadas por seus pais, mas nada conseguiram descobrir. Os fenômenos eram mesmo estranhos.
Finalmente, na noite de 31 de março, houve uma saraivada de sons muitos altos e continuados. Kat Fox, na sua inocência de criança, desafiou a força invisível para que repetisse os estalos de seus dedos, no que foi imitada. Depois, Kat dobrou os dedos, sem fazer ruído, e o arranhão respondia. Ficou, dessa forma, constatado que, aquela força estranha, não só ouvia, como também via. Sua mãe teve então a idéia de fazer algumas perguntas, cujas respostas foram dadas por meio de pancadas.
ü  "Sois um ser humano?" perguntou Mrs. Margareth.
Não houve resposta.
ü  "Sois um Espírito? Se sois batei duas pancadas."
Duas pancadas foram dadas pelo Espírito.
Estava, assim, estabelecida a telegrafia espiritual, naquela memorável noite de 31 de março de 1848.
Foi um vizinho dos Fox, de nome Duesler, que teve, pela primeira vez, a genial idéia de usar alfabeto para obter as respostas por meio de arranhões nas letras. Dessa forma, revelou-se que o Espírito batedor fora Charles B. Rosma, mascate assassinado, havia cinco anos, pelo antigo inquilino daquela casa, e que seu corpo se encontrava sepultado no porão.
Cinquenta e seis anos mais tarde, isto é, em 1904, encontrou-se o esqueleto de um homem na parede da casa que fora ocupada pelos Fox.
Primitivamente, o criminoso teria sepultado Rosma no porão, mas temendo fosse descoberto, transportou-o para a parede, lugar que julgava mais seguro. Daí porque, nas escavações procedidas na sepultura original, foram encontrados apenas alguns vestígios deixados pelo cadáver.
Quanto a identidade do morto, paira certa dúvida. É possível que seu verdadeiro nome fosse outro.
Como sabemos, muitas vezes são transmitidas mensagens corretas, associadas a nomes trocados. No caso em questão, os Espíritos que dirigiam esses fenômenos não teriam permitido fosse pelo Espírito de Rosma revelada sua verdadeira identidade, como se depreende pelas respostas dadas a algumas perguntas a ele formuladas.
Quando Duesler perguntou:
ü  "Foi assassinado?" Resposta afirmativa.
ü  "Seu assassino pode ser levado ao tribunal?" Nenhuma resposta.
ü  "Pode ser punido por lei?" Nenhuma resposta.
ü  "Se seu assassino não pode ser punido por lei, dê sinais." As batidas foram claras.
Estava, assim, lançada, pelo plano espiritual, a base para a Codificação do Espiritismo, que seria, dentro de poucos anos, realizada pelo insigne missionário Allan Kardec.

Texto sugerido pela aluna Thaís Brum Ribeiro Domingues do Terceiro Ciclo da Infância do CEAP em 2011-03-31.

domingo, 10 de abril de 2011

Visão Espírita da Páscoa

"O Espiritismo não celebra a Páscoa, mas respeita as manifestações de religiosidade das diversas igrejas cristãs, e também não proíbe que seus adeptos manifestem sua religiosidade.

Páscoa, ou Passagem, simboliza a libertação do povo hebreu da escravidão sofrida durante séculos no Egito, mas no Cristianismo comemora a ressurreição do Cristo, que se deu na Páscoa judaica do ano 33 da nossa era, e celebra a continuidade da vida.

O Espiritismo, embora sendo uma Doutrina Cristã, entende de forma diferente alguns dos ensinamentos das Igrejas Cristãs. Na questão da ressurreição, para nós, espíritas, Jesus apareceu à Maria de Magdala e aos discípulos, com seu corpo espiritual, que chamamos de perispírito. Entendemos que não houve uma ressurreição corporal, física. Jesus de Nazaré não precisou derrogar as leis naturais do nosso mundo para firmar o seu conceito de missionário. A sua doutrina de amor e perdão é muito maior que qualquer milagre, até mesmo a ressurreição.

Isto não invalida a Festa da Páscoa se a encararmos no seu simbolismo. A Páscoa Judaica pode ser interpretada como a nossa libertação da ignorância, das mazelas humanas, para o conhecimento, o comportamento ético-moral. A travessia do Mar Vermelho representa as dificuldades para a transformação. A Páscoa Cristã, representa a vitória da vida sobre a morte, do sacrifício pela verdade e pelo amor. Jesus de Nazaré demonstrou que pode-se Executar homens, mas não se consegue matar as grandes idéias renovadoras, os grandes exemplos de amor ao próximo e de valorização da vida.

Como a Páscoa Cristã representa a vitória da vida sobre a morte, queremos deixar firmado o conceito que aprendemos no Espiritismo, que a vida só pode ser definida pelo amor, e o amor pela vida. Foi por isso que Jesus de Nazaré afirmou que veio ao mundo para que tivéssemos vida em abundância, isto é, plena de amor."

Por Amílcar Del Chiaro Filho - Este artigo foi publicado na íntegra pela Revista Católica Missões - da Ordem Consolata.

sábado, 5 de março de 2011

Semeadores

"Eis que o semeador saiu a semear." - Jesus.(Mateus, 13:3.) 
Todo ensinamento do Divino Mestre é profundo e sublime na menor expressão.
Quando se dispõe a contar a parábola do semeador, começa com ensinamento de inestimável importância que vale relembrar.
Não nos fala que o semeador deva agir, através do contrato com terceiras pessoas, e sim que ele mesmo saiu a semear.
Transferindo a imagem para o solo do espírito, em que tantos imperativos de renovação convidam os obreiros da boa-vontade à santificante lavoura da elevação, somos levados a reconhecer que o servidor do Evangelho é compelido a sair de si próprio, a fim de beneficiar corações alheios.
É necessário desintegrar o velho cárcere do "ponto de vista" para nos devotarmos ao serviço do próximo.
Aprendendo a ciência de nos retirarmos da escura cadeia do "eu", excursionaremos através do grande continente denominado "interesse geral".
E, na infinita extensão dele, encontraremos a "terra das almas", sufocada de espinheiros, ralada de pobreza, revestida de pedras ou intoxicada de pântanos, oferecendo-nos a divina oportunidade de agir a benefício de todos.
Foi nesse roteiro que o Divino Semeador pautou o ministério da luz,  iniciando a celeste missão do auxílio entre humildes tratadores de animais  e continuando-a através dos amigos de Nazaré e dos doutores de Jerusalém, dos fariseus palavrosos e dos pescadores simples, dos justos e dos injustos, ricos e pobres, doentes do corpo e da alma, velhos e jovens, mulheres e crianças...
Segundo observamos, o semeador do Céu ausentou-se da grandeza a que se acolhe e veio até nós, espalhando as claridades da Revelação e aumentando-nos a visão e o discernimento.
Humilhou-se para que nos exaltássemos e confundiu-se com a sombra a fim de que a nossa luz pudesse brilhar, embora lhe fosse fácil fazer-se substituído por milhões de mensageiros, se desejasse.
Afastemos-nos, pois, das nossas inibições e aprendamos com o Cristo a "sair para semear".
Emmanuel